Gosto deste poema em particular, mais pela construção onomatopaica dos versos e das estrofes. Mas já que gostaste, segue o poema na sua totalidade, traduzido, mas também na sua versão original:
CANÇÃO DO OUTONO
Os soluços graves Dos violinos suaves Do outono Ferem a minh'alma Num langor de calma E sono.
Sufocado, em ânsia, Ai! quando à distância Soa a hora, Meu peito magoado Relembra o passado E chora.
Daqui, dali, pelo Vento em atropelo Seguido, Vou de porta em porta, Como a folha morta Batido...
CHANSON D'AUTOMNE
Les sanglots longs Des violons De l'automne Blessent mon coeur D'une langueur Monotone.
Tout suffocant Et blême, quand Sonne l'heure, Je me souviens Des jours anciens Et je pleure.
Et je m'en vais Au vent mauvais Qui m'emporte Deçà, delà, Pareil à la Feuille morte.
14 comentários:
confesso que adoro o outono. Talvez por me recordar do início das aulas onde revia colegas, conhecia novos, início de ciclos.
E já não estudo há....(desde 1993 que não quero fazer as contas que a partir de uma determinada idade fica mal...)
Boa tarde (a propósito, começa amanhã)
Detesto o Outono, a minha estação preferida é a Primavera.
Não entendi o porquê da frase...
A tela é linda.
eu também, teresa. é a minha estação preferida, ainda que hoje em dia, quase não se dê por ela...
pois. talvez por ser amanhã me tenha lembrado.
resto de boa tarde.
pois, wind, se calhar, se em vez de outono, ali estivesse a primavera, entenderias.
precisamente porque o outono é a minha estação preferida, é também a altura do ano em que me sinto mais disponível, com mais tempo.
e amanhã também é o equinócio (bom, não sei se é amanhã, penso que tem variação de 3 dias,mas é o convencionado)
boa noite!
exacto, teresa. e mesmo que não tenha sido, de facto, hoje, a chuva e o aligeirar da temperatura já nos faz lembrar o outono.
boa tarde.
Desta feita o Outono fez uma entrada triunfal. Com chuva e tudo.
De Paul Verlaine,um excerto da sua:
CANÇÃO DO OUTONO
Os soluços graves
Dos violinos suaves
Do outono
Ferem a minh'alma
Num langor de calma
E sono.
nas palavras de Paul Verlaine sente-se alguma dor que eu não associo ao outono...
mas até vou guardar os versos para uma futura reutilização, provavelmente, no "Leilão".
Gosto deste poema em particular, mais pela construção onomatopaica dos versos e das estrofes. Mas já que gostaste, segue o poema na sua totalidade, traduzido, mas também na sua versão original:
CANÇÃO DO OUTONO
Os soluços graves
Dos violinos suaves
Do outono
Ferem a minh'alma
Num langor de calma
E sono.
Sufocado, em ânsia,
Ai! quando à distância
Soa a hora,
Meu peito magoado
Relembra o passado
E chora.
Daqui, dali, pelo
Vento em atropelo
Seguido,
Vou de porta em porta,
Como a folha morta
Batido...
CHANSON D'AUTOMNE
Les sanglots longs
Des violons
De l'automne
Blessent mon coeur
D'une langueur
Monotone.
Tout suffocant
Et blême, quand
Sonne l'heure,
Je me souviens
Des jours anciens
Et je pleure.
Et je m'en vais
Au vent mauvais
Qui m'emporte
Deçà, delà,
Pareil à la
Feuille morte.
In "Poèmes Saturniens"1866.
Uma boa noite
obrigada, claudynius. guardarei.
(mas o poema é bonito! e vou guardá-lo também!)
O outono chegou sim, visível para que ninguém tenha dúvidas!
Boa noite
é verdade, teresa. hoje marcou-nos mesmo o dia.
uma boa noite.
Sim, o Outono, finalmente! E Outubro e Novembro, dois meses cheios de personalidade e classe...
gosto bastantes destes meses, também, abssinto.
Enviar um comentário