...de John William Waterhouse, Boreas.










- ó vento que sopras forte. frio.
que anuncias?
e o vento que sopra forte [Teresa Durães] respondeu:
- anuncio que a vida continua, que os passos dados têm de ser continuados; seja dura a caminhada; suave ou entraçada; seja leve amorosa; áspera cansada; que os momentos constroem-se e não vêem ter connosco. Nós os fazemos. E fazendo-os tomamos as resposabilidades das opções; chorando-as ou alegrando-nos. Porque viver são os extremos; sem eles nem nos aperceríamos o que nos acontecia. Assim desejo mais passos e passos e passos.

uma história...

o encontro.


a escolha.
a conquista...


a sedução!
o desejo.

a paixão!

a ternura. o abraço.

o amor...

(imagens de: Jack Vettriano, Alexander Millar,

Lea Dolinsky,Raymond Leech, Marisú Buquet, A Magill)

...de Gustave Caillebotte, The garden at Petit Gennevilliers in Winter.










o inverno. o frio. as distâncias. as ausências. solidões. passeios das almas em busca.

...de Pieter Molenaar, Beautiful Day in the Valley.






há caminhos que têm de ter um destino.

...de Raymond Leech, Sealed with a kiss.









...e como são já grandes as saudades que vou ter tuas!

...de Rene Magrittee, Le seducteur.






que bom que era deixar-me seduzir...

...de Ruben Dario Burschtin, Todo en Calma.









sim. a calma. os reflexos que se estendem pelo mar, tocando, naquela linha, longe, difusa, o céu. e as imagens que se pintam nas nuvens. dispersas, serenas.

...de Henry Asencio, Adoration.











hoje, agora, preciso do meu tempo, sem ti. espera.

...de Gustave Caillebotte, A rainy Day.









placidamente enlaçados.

...de Lola Ortega Martin, escalera.









subo?!...

...de George Clair Tooker, Jr, Embrace.









que outra vontade pode suplantar a força deste abraço desejado todos os dias?!...

...de Jack Vetriano, The singing butler.

e porque chove, ainda...dança comigo, hoje.

...de Albert Bierstadt, A quiet Pond.








reclamo para mim este sossego.

...de António Sem, bailado3.












o movimento dos desejos - a dança.

...de Brent Heighton, After Hours.














as horas também podem ser assim.

...de Raymond Leecha, A rose for my rose.










assim, juntos.

...de A Magill, A distant wave.









na incerteza da tua presença, aconchego-me nos momentos em que, juntos, desejávamos a mesma hora.

...de Kay Sage, On the Contrary.











mesmo assim...está frio lá fora. o refúgio é meu. o segredo. as palavras que ouso não escrever e deixo no silêncio dos olhos.

...de John William Waterhouse,Crystal-Ball.








e dizem que o futuro está nas nossas mãos...

...de Andres Garcia Ibanez, Carmen.







um gesto, um movimento, a graça, o momento feliz.

...de Carlos Teixeira, Manhã submersa.










fecho os olhos, abandonando a firme vontade de querer despertar no dia.

...de Charlotte Atkinson, Dreamweaver II.










que se sonhe. que haja ondas de sonhos. que se mergulhe.

Poppies of Toscano II by Art Fronckowiak.









aqui.

...de Frederic Leighton, Flaming June.








quero que me acordes. que sejas tu!

...de Henry Stacey Marks, What is it?







seremos mesmo e só curiosos?!...

...de Piet Bekaert, Garden of Lady Dream.









no jardim que é meu e onde me permito sonhar.

...de Renoir.








vagueando pelas sombras frescas que me deixas todos os dias.

...de Jack Vettriano, Cocktails and broken hearts.












quando tu já não estás...

...de Jules Joseph Lefebvre, Autumn.











que o outono chegue para que o nosso tempo seja maior!

...de Catalina Chervin, pequena balada.









é nestas cores,...de mansidão, que eu quero escrever uma odisseia. a nossa.

...de Nicoletta Tomas, una furtiva lagrima.









mas as lágrimas, esse milagre que brota da alma, não se esgotam!

...de Carlos Teixeira, Beijo I.











nos teus lábios, o meu beijo.

...de Jack Vettriano, Back belong.









voltaste. estou feliz!

...de Silvia Fasano, Etereo.






escondo os olhos e dou-me. confio em ti.

...de Domenico Tojetti, A breathtaking rendering of Ophelia.








nem segredos, nem amarras - desnuda!

...de Georges de La Tour, Maria Madalena à Luz da lamparina.







olho-me ao espelho e vejo-me só à tua espera.

...de Pino, Morning Breeze.










acordar assim, suavemente, sem pressa do dia.

...de Marie Lydie Joffre, Etreinte sanguine.










abraça-me assim. sempre!

...de Manuela Pinheiro, Afecto II.








fogem tanto dos afectos - os Homens!

...de Carlos Teixeira, Até já.

nunca sabemos o que uma despedida nos pode trazer de dor...

naquele dia despedimo-nos com um beijo. foi o último. tu não sabias. mas eu senti esse toque como sendo o derradeiro.

nessa noite chorei lágrimas já vazias dos nossos momentos que foram, afinal, tão poucos.

não regressaste e eu não tornei a chamar-te. a dor já tinha sido sentida nos dias em que não estive contigo.

...de Tania Candiani, Avidez.







e, de dentro, o grito pedindo clemência.
necessitava daquela ida ao passado. sabia que tinha pedido de mais. tudo, na altura, deveria ser como ela sonhara, queria, desejara veementemente.
tudo tinha sido delineado pelas suas palavras, pelos seus desejos, pelos seus caprichos.
agora sabia que pedira demasiado. agora sabia que tudo fora em vão.
já não havia esperas, nem sonhos, nem mãos.
apenas aquele grito que pedia perdão.
uma bondade, uma doçura, um sorriso de manhã ao raiar do dia.

...de María Pitarch, Manto.







manto, luz, brisa, voz. sopro. vida. tão doce. tão leve.
um dia quis pegar na tua vida e tu não deixaste.
oferecia-te, em troca, a minha. riste-te. deste uma gargalhada.
ficaste a pensar que eu fingia, que era falsa.
não acreditaste em mim.
e a noite chegou. o dia fechou os seus raios de força e ficaste só.
e quiseste que eu voltasse. e pediste. e choraste.
o nosso tempo tinha sido o outro.
eu já partira só.

...de San Luis, A moradia de dona Urraca.








bastava teres atravessado a ponte.

...de Pino, Sensuality.









abraçada por lenços de lembranças...